Conheça o setor de Braille da Biblioteca Parque de Manguinhos – modelo de sustentabilidade e inclusão para pessoa com deficiência visual.

Rio, 27 de junho de 2012

Em tempos de Rio +20, quando a palavra “sustentável” mostra-se em evidência, o Informe do IBDD divulga uma iniciativa em que o adjetivo, sem dúvida, pode ser bem aplicado. O caminho entre os livros e as pessoas com deficiência visual está mais curto nas comunidades do Complexo de Manguinhos, graças ao projeto das Bibliotecas-Parque, que visa estruturar um novo patamar de cidadania e atendimento à população. O acesso à cultura e à informação tornou-se fácil, imediato e, sobretudo, inclusivo. Com uma área destinada aos cegos, o espaço é referência nacional no processo de transformação e inclusão social.

“O acesso ao conhecimento é essencial para a construção de direitos de cada pessoa com deficiência, e a Biblioteca de Manguinhos merece receber todos os elogios pelo trabalho excepcional do Setor de Braille”, segundo Teresa Costa d’Amaral, superintendente do IBDD.

O setor foi criado em 2010, e tem o acervo composto por mais de 200 títulos – clássicos, contemporâneos, brasileiros, internacionais, de literatura e dramaturgia- que podem ser lidos em braille ou ouvidos em áudio.  O ambiente é todo adaptado para a pessoa com deficiência, e são disponibilizados aos usuários equipamentos modernos de acessibilidade para as pessoas com deficiência visual.

A Biblioteca-Parque de Manguinhos é um espaço multifuncional de cultura e lazer com mais de 3 mil metros quadrados e 25 mil obras. O ambiente é constituído também por uma seção de periódicos, filmoteca, sala multiuso para reuniões das associações comunitárias, acervo digital de músicas e cine-teatro, além de ser palco de atividades culturais e educacionais.  Com atenção especial à pessoa com deficiência, a estrutura da biblioteca é adaptada com rampas e elevadores de acesso aos cadeirantes.

 “Queremos a informação ao alcance de todos”, resume Danyele Dias, coordenadora do setor dedicado aos leitores cegos. Ela se diz “gratificada” por possibilitar a inclusão da pessoa com deficiência e afirma: “Fico impressionada quando eu vejo a luta dos nossos usuários para ter acesso ao conhecimento. É um trabalho árduo e de longo prazo, mas tenho certeza que conseguiremos afirmar os seus direitos de acesso à educação e cultura”.